Parceria – Tópicos Especiais de História da Arte Antiga e Medieval

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexoes.

Olá!!

Espero que estejam bem!

Neste post gostaria de apresentar os trabalhos dos e das estudantes do curso noturno de História, da UFPR, o bacharelado História, Memória e Imagem. A disciplina, um tópico sobre história da arte antiga, teve um recorte bem especial, como podem conferir na ementa logo abaixo: discutir arte romana e sua recepção na modernidade a partir da escavação de Pompeia.

Com isso a disciplina foi estruturada em três módulos que abarcaram os seguintes temas: o processo de escavação de Pompeia; os estudos sobre as pinturas de parede e os seus estilos; o estabelecimento da estética clássica como fundante da arte ocidental; o desenvolvimento das disciplinas de História da Arte e Arqueologia Clássica; o Gran Tour e divulgação do sítio por meio da arte e literatura do século XIX; as inspirações e diálogos possíveis com artistas da época como Alma-Tadema, Ulpiano Checa e os pintores bolsistas das Belas Artes do Rio de Janeiro; as obras modernistas que trouxeram os antigos romanos para as vanguardas; o retorno à ordem do entre guerras. 

Esses debates foram feitos nas aulas com discussões de bibliografia específica. Os e as estudantes se dividiram em grupos puderam escolher, a partir destes temas, objetos de interesse para pesquisar e desenvolver produtos de acesso livre. Dada as particularidades do curso noturno, cujo TCC não se restringe a um texto, podendo ser um produto, criar materiais de divulgação científica é fundamental não só para difusão do conhecimento construído em uma disciplina, como também pode gerar ideias para serem aprofundadas em um trabalho de final de curso. 

Seguem os trabalhos realizados por alguns dos grupos, para que tenham uma ideia da potencialidade deste tipo de atividade coletiva e a ementa da disciplina. Esperamos que inspirem novas pesquisas! Leiam, divulguem e, também, nos contem o que acharam!

  • Renata Senna Garraffoni

Professora da disciplina

A ementa da disciplina pode ser acessada clicando aqui.

GRUPO 01 – Teresa Cristina e a Arqueologia Clássica no Brasil

Estudantes: Letícia Anastácio Veras Ré; Maria Giovana Boregio Antigo; Pamelly Vaz de Lima 

Tema: As estudantes partiram da vida da imperatriz Teresa Cristina para abordar um tema pouco conhecido e estudado: as origens da Arqueologia Clássica no Brasil. Nascida em Nápoles, Teresa Cristina manteve intenso diálogo com a região, negociando uma importante coleção de artefatos pompeianos para o Museu Nacional. O trabalho é um e-book ilustrado em que se pode ter uma ideia do que havia na coleção, quase toda destruída no terrível incêndio de 2018. Uma leitura que, além de informativa, serve de reflexão sobre patrimônio, preservação e as condições críticas de alguns museus brasileiros.

Link para acessar o trabalho escrito: https://drive.google.com/file/d/1u63GTv4zstvfaQy-yh54E69QA_BanlyU/view?usp=share_link

Acesso ao e-book (parte 1):

Acesso ao e-book (parte 2):

Link de acesso ao e-book completo: https://online.fliphtml5.com/myvoi/qsrn/#p=1

GRUPO 02 – Nísia Floresta e o diário de viagem

Estudantes: Cosme de Jesus, John Barbosa, Maria Luiza Artimonte, Scheila Ribeiro

Tema: a partir das discussões sobre Gran Tour, o grupo criou um e-book com as principais informações sobre o diário de viagem, recém traduzido para o português, de Nísia Floresta, educadora, abolicionista e feminista. Nísia esteve em Pompeia no século XIX e em várias cidades do mundo antigo, fez várias reflexões conectando seu tempo e o passado clássico, viés pouco conhecido de sua obra. Vale à pena conhecer as narrativas de Nísia e outras viajantes latino-americanas que fizeram o Gran Tour, mas que são menos estudadas que os homens.

Acesso ao e-book:

Link para o download do e-book: https://drive.google.com/file/d/15hqXMBJt2PWTvRczOnTfTBDiW1x8Jr_d/view?usp=share_link

Link para download do diário de Nísia, na tradução publicada pela UFRN: https://memoria.ifrn.edu.br/handle/1044/1661

GRUPO 03 – Os 4 estilos de Mau

Estudantes: Izabella Mucciaccio e Heloisa Vilas Boas

Tema: A partir da constatação na qual há pouco material disponível e acessível no Brasil sobre os 4 estilos de pinturas parietais de Pompeia, definidos por August Mau, no século XIX, as estudantes fizeram uma cartilha sobre o tema. Nela exploram aspectos das escavações de Pompeia, a definição dos estilos com exemplos, além de bibliografia para quem quiser aprofundar os estudos e as pesquisas sobre pintura romana. Uma ótima opção para uso em sala de aula ou para um público em geral que se interessa por pinturas ou arte nas paredes.

Acesso à cartilha:

Link para download do material: https://drive.google.com/file/d/1eIZB7dw6QWm9o-KXCR5RJES0hLk1adRL/view?usp=share_link

Parceria – “Mas e os gregos, podem ser brasileiros?”

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexoes.

Olá, pessoal! Espero que estejam bem!

Trazendo mais uma novidade entre as parcerias que tivemos esse ano para o nosso blog, hoje venho escrever um pouco sobre o plano de aula que confeccionei com as minhas colegas para a disciplina de Metodologia do Ensino de História, ministrada pelo Professor Wilian Carlos Cipriani Barom (ofertada pelo Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná sob código EM248). Eu, Renata Cristina e Deisire nos propomos a montar uma atividade que trouxesse, na prática, a recepção da Antiguidade. Para isso, partimos da atividade avaliativa final indicada pelo docente, que nos solicitou a elaboração de um plano de atividade ou na perspectiva de ensino colonial, ou na perspectiva histórica, e nos orientou ao longo de sua realização.

Conhecendo a obra de Lorna Hardwick, decidimos nos aventurar pelos olhares pós e decoloniais sobre o passado antigo, em especial ao tomar como base o livro organizado pela autora junto de Carol Gillespie, “Classics in Post Colonial Worlds” (Oxford, 2007). Com isso, pensamos a possibilidade de incentivar a criatividade de alunas e alunos ao convidá-las e convidá-los a produzir um teatro com fundamento em um mito grego, mas que trouxesse os problemas do contexto em que vivem desde uma mirada crítica.

Como materiais de exemplo, inspiradores, citamos a adaptação “Women of Owu“, de Femi Osofisan (2006). Uma recepção de “As Troianas“, de Eurípides, o roteiro e a encenação da peça mostram alguns caminhos de se repensar a atualidade por um prisma decolonial e pós-colonial – ao passo de que tece reflexões interessantes sobre o imperialismo sobre a Nigéria, no passado e no presente.

O plano de atividade, que mobiliza, a princípio, 3 aulas, está disponível para leitura e download nesse post.

Além disso, também aproveitamos o espaço para divulgar o trabalho da Professora Doutura Renata Cazarini (UFF) em seu blog Palco Clássico. Com textos super interessantes, a professora nos traz análises excelentes sobre adaptações teatrais de textos antigos no Brasil, com enfoque maior no eixo Rio-São Paulo. Para quem tiver interesse pelo tema, vale muito a pena conhecer e ler suas postagens!

O link para acessar a página principal do blog é: http://palcoclassico.blogspot.com/

Esperamos que gostem da proposta, assim como compartilhem suas experiências e opiniões sobre ela!

  • Heloisa Motelewski

Link para download do arquivo: https://drive.google.com/file/d/1eH5QrA8AnnuJCyD2SxXmK5O_W4enAIXi/view?usp=share_link

Parceria – Disciplina de Laboratório de Pesquisa e Ensino de História Antiga e Medieval

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Olá!

Espero que estejam bem!

Este post é para divulgar os trabalhos da disciplina de Laboratório que ministrei no segundo semestre de 2022. Como poderão ler na ementa logo a seguir, o objetivo central da disciplina foi trazer à tona os debates em torno do humor romano e sua recepção em nossa cultura. Optei por trabalhar o humor romano com os e as estudantes por ser uma faceta da cultura romana menos explorada nas escolas e, como o Laboratório tem como função primordial reflexões sobre a prática em sala de aula, pensar meios de trazer outras perspectivas sobre o cotidiano antigo me pareceu uma proposta adequada para refletir sobre diversidade cultural e crítica social. 

A disciplina foi divida em alguns módulos temáticos que abarcaram os seguintes pontos: discussões teórica-metodológicas sobre como estudar o humor romano; os debates historiográficos sobre o tema; a documentação material, no caso, explorei com a turma as caricaturas em grafites parietais de Pompeia e seu potencial para expressar o humor popular; o Satyricon de Petrônio como exemplo de como o humor se constrói e circula entre membros da elite e, também, sua recepção no cinema, pelas mãos de Federico Fellini e no cotidiano brasileiro pela tradução ímpar feita por Paulo Leminski no final da década de 1970; além, claro, de como trabalhar história antiga e sua recepção em sala de aula.

Como podem perceber, o tema do humor, além de ser menos conhecido, abre o debate sobre o mundo antigo, pois nele está implícita a crítica dos costumes, o que pluraliza a visão sobre os romanos e romanas. Dada a sua particularidade, sua recepção pode ser pensada em meios outros que não só o branco, masculino, heteronormativo, como também na resistência aos fascismos cotidianos, na proposta de Fellini, ou na busca de liberdade e do pensamento não elitista, conectado mais à esquerda, como propôs Leminski. 

A experiência se mostrou bastante frutífera, gerando quatro grupos que buscaram refletir sobre questões teóricas, mas também disponibilizar materiais que inspirem colegas a proporem atividades interdisciplinares, com uso de tecnologia e debates de temas fundamentais para o desenvolvimento da cidadania entre os estudantes. Os trabalhos são inéditos e inovadores, gostaríamos de deixar à disposição de todos, todas e todes que acreditam em um ensino crítico do passado para construir presentes mais plurais. 

Espero que gostem, usem, divulguem nosso trabalho e, claro, nos digam o que acharam!

Até mais!

  • Renata Senna Garraffoni

Para saber a estrutura da disciplina e seus módulos, clique aqui.

Para conhecer os trabalhos e os materiais desenvolvidos para uso em sala de aula, clique nos links na sequência:

GRUPO 01

Estudantes: Camila Emi Iwahata; Isabela de Oliveira Fedorovicz; Maria Eduarda Siqueira Leite

Tema: Agência das mulheres no Satyricon de Petrônio. A partir de três personagens da obra, Quartilla, Fortunata e a Dama de Éfeso, as estudantes exploram como as mulheres reagem à situação de violência e tomam suas próprias decisões. A aposta é que esse tipo de material provoque uma discussão mais ampla sobre as mulheres na sociedade romana e sua capacidade de ação, destacando seu protagonismo e questionando visões de história nas quais somente os homens são protagonistas. Foi feito no Instagram com o intuito deixar à disposição do público, nas redes sociais, conteúdos críticos sobre o passado romano.

Link para acesso ao trabalho teórico: https://drive.google.com/file/d/1cZiaIFsxn0Ps6Lkbd2IxCNb2PQeP0vjq/view?usp=share_link

Suporte do material:

GRUPO 02   

Estudantes: Alice Tigrinho, Mariana Secco, Sabrina Barbalho, Sophia Liberato 

Tema: A partir das leituras e discussões sobre a diversidade de mulheres no filme Satyricon de Fellini, as estudantes optaram por fazer um trabalho que deixasse em evidência o protagonismo feminino na Antiguidade e sua recepção no cinema. Para isso escolheram dois filmes menos usuais para o trabalho em sala de aula: o filme brasileiro Cleópatra, de Júlio Bressane e o filme Medeia, de Pasolini. Ambos estão fora do circuito hollywoodiano, de fácil acesso e permitem múltiplas interações sobre as ações das mulheres no passado e suas releituras no presente.

Link para acesso ao trabalho teórico: https://drive.google.com/file/d/1_5VtFQHjgTSG2TF9UomXQpPDicY5y_q0/view?usp=share_link

Suporte do material:

Link para download do material: https://drive.google.com/file/d/1UptQWUbQYaGTCwPbAWSJdNTHNL6JxnaH/view?usp=share_link

GRUPO 3

Estudantes: Giulliano Biancchi Araujo, Lucas de Oliveira Gonzaga Teixeira, Rafael Brunatto Ferraz. 

Tema: jogo on-line construído a partir da perspectiva de um liberto pobre. Considerando as discussões sobre humor e pobreza no Satyricon de Petrônio, os estudantes, fazendo uso da ferramenta RPG maker, disponível gratuitamente na internet, idealizaram um jogo em que o protagonista não é um guerreiro conquistador, mas um jovem recém liberto e suas aventuras por uma cidade romana. Os objetivos centrais do trabalho, que resultaram no jogo, foram dois: 1. Trazer a visão da história social de Roma, tendo como protagonista um subalterno e questionar a hipermasculinidade presente nos games em geral; 2. Envolver estudantes e docentes na construção de jogos que possam desenvolver habilidades como a parceria na construção da narrativa em grupo, a pesquisa, a visão crítica sobre o passado e, também, sobre os jogos de mercado, que são parte do cotidiano dos jovens e fontes de relação com o passado romano. Destaca-se que o jogo está em fase de construção, o apresentado nos links a seguir é um esboço da sua potencialidade.   

Link para acesso ao trabalho teórico: https://drive.google.com/file/d/1bp1wJM-D2Hi8hmUjyGiwH8jpu8ru7XbL/view?usp=share_link

Suporte do material: jogo on line – em fase de construção

Link para download Mac: https://drive.google.com/file/d/1MxP7-sB4yz-ZtKtAog8gPC1_JRciFIWr/view?usp=sharing

Link para download Windows: https://drive.google.com/file/d/1zO2begZ0gyru8Fkq0DOjrO87JK_UFcxw/view?usp=sharing

Vídeo demonstrativo:

GRUPO 4

Estudantes: Giovana Carolina Heidemann Maciel e Daniela Macioszek Stier.

Tema: Tendo em vista uma discussão sobre Justiça, as estudantes propuseram um debate sobre as semelhanças e diferenças de contexto entre o crime e a noção de justiça na Roma Antiga e na contemporaneidade. Para discutir como os romanos percebiam estas noções de formas distintas, tomaram como base a Satyricon, de Petrônio, e para problematizar na cultura de massa, optaram por uma personagem bem conhecida dos e das estudantes, a Mulher Maravilha (DC Comics). O objetivo é propor reflexões sobre as diferentes perspectivas de crime e justiça, sobre a presença de herói e anti-herói, sobre crítica social e avanços nas lutas por direitos.

Link para acesso ao trabalho teórico: https://drive.google.com/file/d/1GlFeewa7Hv3c10yKYRQaZJBZTVnuLWsU/view?usp=share_link

Suporte do material:

Link para download do material: https://drive.google.com/file/d/1tUyjXmO0ilwgu7kzrvMqd1uCTzUR_emP/view?usp=share_link

Retrospectiva Antiga e Conexões 2022

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexoes.

Olá, pessoal! Esperamos que este post os encontre bem!

É por ele que vamos, hoje, nos despedir do ano de 2022 e anunciar nossa ausência até o próximo ano. Para isso, gostaríamos de fazer uma breve retrospectiva de alguns momentos que marcaram esse período para o grupo e compartilhá-la com vocês. Afinal, vocês são fundamentais para que continuemos com esse ânimo em divulgar os estudos sobre Recepção e História Antiga!

Primeiro, gostaríamos de agradecer a todas e todos que se envolveram em nossa pesquisa temática, que esse ano se dedicou aos estudos sobre Recepção e Moda. Dando origem aos textos publicados aqui em nosso blog, pudemos também contar com a incrível parceria com o grupo de estudos sobre História da Moda da UFJF (@historiadamoda.ufjf), orientado pela Professora Doutora Maria Claudia Bonadio. Por fim, reunimos nossas produções escritas em um material final, uma coletânea que reuniu também imagens para podermos continuar refletindo sobre os impactos das imagens do passado na moda da atualidade!

Além disso, tivemos a alegria de receber professoras e professores em falas incríveis ao longo dos últimos semestres, as quais foram transmitidas por meio de nosso canal no Youtube! Entre nossos eventos, conseguimos a oportunidade de realizar a primeira edição do Percurso Antiga e Conexões, com o qual percorremos as ruas da cidade de Curitiba em busca dos sinais de recepção de gregos e romanos na modernidade paranaense por novas reflexões e discussões.

Por fim (e não menos importante), ficamos honrados em poder concretizar a parceria com a Professora Doutora Jane Kelly de Oliveira (UEPG), compartilhando as análises de seus estudantes acerca da “Recepção da Literatura Greco-Romana no Cinema“! Nessa mesma página de parcerias, reunimos também os materiais elaborados por alunas e alunos na disciplina de Laboratório de Ensino e Pesquisa em História Antiga II (DEHIS/UFPR), voltados para a presença de questões pompeianas e neopompeianas na atualidade.

Agradecemos a todas e todos os colegas, às professoras parceiras e a nossas e nossos leitores por este incrível ano juntos! Esperamos que possamos seguir com essa relação maravilhosa nos meses que se seguem, e que possamos compartilhar mais discussões sobre o mundo antigo e suas conexões com o presente!

Boas festas, bom descanso e até 2023!

Parceria – Recepção da Literatura Greco-Romana no Cinema – Parte II

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexoes.

Olá, pessoal! Esperamos que estejam bem!

Hoje o post vai para a divulgação dos mais novos resultados da parceria entre o nosso grupo e a Professora Doutora Jane Kelly de Oliveira (UEPG)! Dando seguimento aos trabalhos cujo objetivo é analisar as repercussões de elementos literários greco-romanos no cinema, trazemos aqui mais alguns dos textos que resultaram da proposta. Abaixo, os quatro estudos redigidos pelas e pelos estudantes envolvidas e envolvidos poderão ser acessados e baixados em seus links específicos.

Aproveitamos a oportunidade para elogiar o trabalho empreendido por nossas e nossos colegas e agradecer pela oportunidade de continuarmos com essa cooperação. Parabéns e nosso muito obrigada!

Ensaios “Recepção da literatura clássica greco-romana no cinema” – Parte II

I – As Mil Faces do Herói em Percy Jackson: uma análise do herói moderno, de Gabriel Pedro Brigola. Link para acesso: https://drive.google.com/file/d/1BLEngZdPVu4dgfZkZmPIgOPc_BJkme4a/view?usp=sharing

II – Criação do Trágico em Lavoura Arcaica: uma breve comparação do romance e sua adaptação cinematográfica, de Mariana de Bona Santos. Link para acesso: https://drive.google.com/file/d/1An7pGKpk7Que399FXO4Vh5D0odYf4LN3/view?usp=sharing

III – Revisitando um Clássico Grego nos Tempos Modernos: OldBoy (2003) como releitura de Édipo Rei, de Rodrigo Paes. Link para acesso: https://drive.google.com/file/d/11Zv-Bx1jc2BAv3_5rKWqRa7eBfDL_jTp/view?usp=sharing

IV – Sappho – Summer Love: “devo seduzir e dar aos amores?”, de Felipe Kalinoski e Gisele F. Prado. Link para acesso: https://drive.google.com/file/d/1TPX-2oUbJk06LMOmftxxQA0H_lShErym/view?usp=sharing

Coletânea Antiga e Conexões – Recepção e Moda

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexoes.

Olá, pessoal! Esperamos que estejam bem!

É com muita alegria que anunciamos a publicação do mais novo material Antiga e Conexões! Como encerramento das atividades desse ano, estamos divulgando a criação de nosso catálogo sobre Recepção e Moda. Ao reunir os textos publicados no blog, acrescentamos mais imagens às discussões de modo a atribuir maior visualidade à discussão proposta pelo grupo.

Esperamos que essa coletânea seja usufruída por vocês, aplicando em sala de aula, estudos ou na lista de leituras! Agradecemos imensamente o apoio de nossas e nossos leitores, bem como da professora Maria Claudia Bonadio (UFJF) – que coordena o grupo de estudos de história da moda dessa mesma instituição. Vocês foram fundamentais para a realização dos debates que deram a base dessa publicação.

Desejamos uma boa leitura, e até o próximo post!

Link para download do material: https://drive.google.com/file/d/1ugoZ49W8cntEnVr62zFVKcPTV36eX7K9/view?usp=sharing

Dicas de Leitura!

Olá, pessoal! Esperamos que estejam todos bem, hoje trouxemos algumas dicas de leituras dos nossos integrantes, se você tem interesse em història antiga e literatura, você provavelmente encontrará algo que lhe agrade para suas próximas leituras! A seguir:

“Os Deuses do Olimpo: da Antiguidade aos dias de hoje, as transformações dos deuses gregos ao longo da História” Bárbara Graziosi

As figuras da mitologia greco-romana são bons exemplos das recepções da Antiguidade! Em sua obra “Os Deuses do Olimpo”, a historiadora Barbara Graziosi, pesquisadora e professora da Universidade de Durham, faz um percurso sobre as divindades gregas, que nos alcançam até hoje, nas mais diversas formas. A autora reconta, de maneira inovadora, os mitos gregos e se propõe a explicar algo muito mais enigmático: como os deuses do Olimpo conseguiram durar mais do que seus seguidores? Sua obra apresenta, inicialmente, a história das divindades helênicas, desde seu nascimento, localizando-os na Grécia Arcaica a partir de Hesíodo e Homero. Adiante, porém, a autora segue os deuses até os dias de hoje, apresentando sua recepção no Renascimento e na conquista europeia nas Américas. Por fim, dedica-se a apresentar os usos da mitologia grega na contemporaneidade, passando por seu diálogo com as religiões monoteístas, transformações discursivas no Fascismo e Nazismo na Europa e representações na cultura pop e nas artes, por exemplo. Dividido em seis partes, o livro de Graziosi caminha do culto aos deuses no período arcaico (c. 800 a 500 AEC) até as suas recepções na cultura e sociedade atuais. Mostrando, assim, que os deuses gregos figuram na História e também ajudam a moldá-la.

GRAZIOSI, Barbara. Os Deuses do Olimpo: da Antiguidade aos dias de hoje, as transformações dos deuses gregos ao longo da História. Tradução:  Claudia Gerpe Duarte; Eduardo Gerpe Duarte. São Paulo: Cultrix, 2016.

(Tradução de “Gods of Olympus: A history. London: Profile Books, 2014”)

“A Egiptomania e os Usos do Passado” Leandro Hecko

A obra do historiador Leandro Hecko, doutor em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professor de História Antiga na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), propõe-se a contribuir para a leitura de aspectos do Antigo Egito legados à Contemporaneidade em diferentes formas e linguagens. Sua obra visa apresentar ferramentas de auxílio nas interpretações dos sentido e dos signos da Antiguidade Egípcia nos tempos atuais, dialogando com inúmeras representações: charges, arquitetura, arte funerária, réplicas artísticas, múmias, pirâmides, esfinges, filmes e liturgias. O autor inicia seu livro na busca em definir a egiptomania e o grande quadro que ela compõe na contemporaneidade, busca ainda pelas formas como os antigos egípcios ingressaram nas realidades brasileiras e apresenta a pluralidade temática e de formas de manifestação da egiptomania no Brasil. Assim, Hecko insere a egiptomania no amplo panorama de usos da Antiguidade, permitindo-se, inclusive, fazer uma viagem a Curitiba para definir um recorte de estudos no Museu Egípcio e Rosacruz. Nesse recorte, entende a Ordem Rosacruz como apropriadora de conhecimentos da antiguidade e, portanto, inserida entre instituições que fazem usos das recepções, além de tentar identificar os sentimentos manifestados pelos visitantes do museu curitibano quanto às relações entre o Brasil Contemporâneo e o Antigo Egito.

HECKO, Leandro. A Egiptomania e os Usos do Passado. Campo Grande: Editora UFMS, 2016.

  • Felipe Ruzende.

METAFORMOSES DE PAULO LEMINSKI

Pensando de um ponto de vista voltado para a literatura, indico a obra Metaformoses do poeta paranaense Paulo Leminski. Publicada postumamente em 1994, pela editora Iluminuras, conta com um prefácio de Alice Ruiz e com notas de Régis Bonvicino. A presença da antiguidade na obra de Leminski é bastante notada em suas poesias, ensaios e até mesmo traduções, ler Leminski além de ser incrivelmente divertido, é um exercício de alteridade, uma viagem entre culturas, temporalidades e referências; você pode encontrar de poesia russa e antiguidade até o Japão no período do Xogunato.

Metaformoses, sendo uma das obras menos conhecidas do poeta, no entanto, vale a pena ser lida e divulgada, nela, como em toda obra do poeta, encontramos uma infinidade de referências. Assim como em O Catatau, Leminski segue um estilo de prosa poética experimental, na qual ele retoma a obra Metamorfoses de Ovídio, trazendo a mudança como  elemento principal. Através de um olhar de Narciso ele nos leva a refletir a mitologia, a escrita e vida em sua matéria mais pura. Fazendo várias alusões às passagens da poesia de Ovídio, Leminski brinca com a linguagem quase como em uma poesia concreta, ele transforma Ovídio e se transforma também, formas não faltam nessa poesia que se faz em prosa e que se faz fábula.

LEMINSKI, Paulo. Metaformoses: Uma viagem pelo imaginário grego. São Paulo, Iluminuras, 1994.

Os Madrazo e Fortuny: Do neoclássico espanhol à moda italiana. de Renata Senna Garrafoni 

No último semestre nós do antiga e conexões nos dedicamos ao estudo da recepção da antiguidade na moda. Então, uma das dicas mais interessantes que trazemos hoje é do capítulo escrito pela Professora Dra. Renata Senna Garraffoni, para o livro História Ibérica: ensino, pesquisa e potencialidades, denominado Os Madrazo e Fortuny: Do neoclássico espanhol à moda italiana. Sobre o capítulo, deixo aqui as palavras da autora:

“Neste capítulo, analiso, do ponto de vista interdisciplinar, a relação entre História Antiga, História da Arte e Arqueologia Clássica para criar meios de compreender as camadas temporais entre dois presentes distintos – nosso ao propor a questão, de Fortuny para compreender suas escolhas – e o passado greco-romano. Um desafio, por certo, mas que nos estimula a pensar, como já propôs Lowenthal (1985), como a Modernidade se constrói a partir de manejos múltiplos dos passados.”

O capítulo está disponível no Academia.edu, deixaremos o Link disponível ao final para que possam acessar. Indicamos também, o site da editora para que os que se interessem possam adquirir o livro, organizado por Cláudio Umpierre Carlan, Pedro Paulo A. Funari e Ricardo Luiz de Souza, vocês encontraram diversas temáticas que com certeza irão conquistar aqueles que gostam do tema de História Ibérica.

Link academia.edu: 

https://www.academia.edu/90997609/Hist%C3%B3ria_Ib%C3%A9rica_ensino_pesquisa_e_potencialidades?source=swp_share

Link editora:

  • Renata C. Oliveira

As versões homéricas (Jorge Luís Borges)

Como dica de leitura, deixo aqui um ensaio de caráter mais teórico que é bastante sucinto mas ao mesmo tempo interessantemente denso do autor argentino Jorge Luis Borges para aqueles que, de uma forma geral, manifestam interesse ou trabalham com literatura e, mais especificamente, traduções. O texto em questão, “As versões homéricas”, ou, “Las versiones homericas” no original em espanhol, nos traz algumas perspectivas fundamentais acerca dos processos que atravessam o ato de traduzir. Borges, como próprio tradutor e escritor, aproveita muito bem de sua experiência para entregar um texto que considero que deva ser um “companheiro” de trabalho, menos para aqueles que traduzem mas mais para quem trabalha com fontes históricas traduzidas. O ensaio foi originalmente publicado em 1932 na obra “Discusión”, podendo ser encontrado no original em espanhol na compilação “Jorge Luis Borges – Obras Completas (1923-1972)” da Editora Emecé. Em português, foi publicada pela Editora Globo em 1999 no Tomo 1 das “Obras Completas”.

Para transmitir o que se propõe, Borges se aproveita de Homero e analisa um pequeno trecho da Ilíada em diferentes versões encontradas na língua inglesa em traduções que vão desde o século XVIII até o século XX. A partir disso, expondo as encontradas variações, fundamenta o argumento de que Homero, (e aqui podemos estender a concepção para qualquer fonte textual antiga) não se trata de um documento imutável fixo ao passado, mas sim de um “fato móvel”, que toma forma conforme cada uma das recepções e traduções empreendidas por incontáveis leitores e autores ao longo do tempo. Dessa forma, Borges solidifica sua proposta por colocar a afirmação de que todas, ou então nenhuma, das traduções é a mais fiel, porque nunca houve um texto original desde Homero, mas sim diferentes interpretações da realidade conforme os contrastes de seus tempos.

BORGES, Jorge Luis. Obras completas: 1923-1972. Editado por Carlos V. Frías. Emecé Editores: Buenos Aires, 1984.

  • Guilherme Bohn dos Santos

“A canção de Aquiles”. Madeline Miller (2011)

Em A canção de Aquiles, a escritora e professora estadunidense Madeline Miller apresenta uma releitura da Ilíada, trazendo como narrador Pátroclo, personagem secundário na obra de Homero porém ao mesmo tempo indispensável ao enredo. Utilizando como base não apenas a Ilíada, mas também obras de autores gregos e romanos como Ésquilo e Virgílio, Miller reconta a vida de Aquiles e Pátroclo desde a infância até seu fim, em uma narrativa poética que tem como centro a relação entre esses personagens, lidando também com questões de gênero, sexualidade, entre outros. Os poemas homéricos, a Ilíada e a Odisséia, tiveram e ainda tem grande relevância; presentes até em expressões como “o calcanhar de aquiles”, eles fazem parte do nosso imaginário e durante séculos tem influenciado as mais diversas obras, de Ulisses de James Joyce ao filme Troia (2004) à versões infantis dos épicos, atestando assim a adaptabilidade dessas epopéias aos diferentes tempos e interpretações daqueles que os recontam. Dessa forma, A canção de Aquiles e Circe, segundo livro da autora, publicados em 2011 e 2018 respectivamente, são as versões de Miller desses poemas ressignificados para um novo público e fazem parte desse imenso conjunto de obras que releem e se inspiram nos poemas homéricos.

MILLER, Madeline. The song of Achilles. Nova York: Ecco, 2012.

  • Camila Iwahata

Antiga e Conexões pelo Brasil: Apresentações Nacionais

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexões.

Olá pessoal! Esperamos que estejam bem!

Na publicação de hoje damos continuidade aos relatos sobre nossas participações em eventos. Agora com apresentações e publicações de nossos integrantes em escala nacional, compartilhamos com vocês alguns dos nossos temas de pesquisa e reforçamos nosso convite para que nos acompanhem em próximos eventos. Trazemos, aqui, breves resumos desses trabalhos, de autoria de Heloisa Motelewski e de Guilherme Bohn dos Santos.

Esperamos que apreciem as temáticas, e agradecemos por nos acompanhar!

Orientalismo à romanidade? A criação da vilania antigo-oriental na modernidade em ‘Os Últimos Dias de Pompeia’, de Ambrosio (1913) – Heloisa Motelewski

XIX ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA: usos do passado, ética e negacionismos (ANPUH/SC) – agosto 2022.

Inspirada em um dos temas levantados por minha pesquisa de Iniciação Científica, essa apresentação versou sobre a formação de imagens orientais junto ao passado romano. Mobilizando um discurso moderno cinematográfico, pensei em como o personagem Arbaces era exibido como exemplo de vilão oriental, criando um estereótipo sobre o Oriente desde características como a corrupção, a degeneração e a degradação. 

Apresentação:

Link para acessar a página do Simpósio Temático: Link da página do Simpósio Temático: https://www.encontro2022.sc.anpuh.org/atividade/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNjoiYToxOntzOjEyOiJJRF9BVElWSURBREUiO3M6MzoiMTczIjt9IjtzOjE6ImgiO3M6MzI6ImRlZDVhMzllNjNkZGM1NDAxYjk3OWMzNDFiYTI4NTA5Ijt9&ID_ATIVIDADE=173

A Mística Egípcia, a Natureza e o Olhar Orientalizante: a mirada contemporânea sobre o passado romano dos cultos orientais sob a produção de Ambrosio (1913) – Heloisa Motelewski

6º SIMPÓSIO ELETRÔNICO DE HISTÓRIA ORIENTAL: mesa novas mídias e oriente – outubro 2022.

Um dos outros temas que apareceram junto aos problemas levantados pela minha pesquisa de Iniciação Científica, essa comunicação (apresentada de forma totalmente escrita) buscou analisar como os ideais de Natureza são acompanhados de um misticismo qualificado como oriental no filme estudado. Assim, parti do destaque conferido ao culto ilíaco a partir de uma investigação sobre a elaboração dos aspectos visuais da produção de Ambrosio. 

Link para acessar a comunicação escrita: https://simporiente2022mesas.blogspot.com/2022/09/a-mistica-egipcia-natureza-e-o-olhar.html

Link para acessar o livro publicado: https://drive.google.com/file/d/15fhwMuEBPWd2HRLzdQC-R3xcIs142kFN/view

As muitas identidades da vida pós-clássica do mundo antigo na obra de Borges pela figura de Homero – Guilherme Bohn dos Santos

XIX ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA: usos do passado, ética e negacionismos (ANPUH/SC) – agosto 2022.

Pensando a finalização de um ano de iniciação científica, nessa apresentação busquei expor um apanhado geral das temáticas e abordagens que se desenvolveram no relativo período de trabalho.

Dessa forma, expus como o escritor argentino Jorge Luis Borges nos proporciona uma recepção do passado greco-romano que advoga por uma infinitude de interpretações ao olhar para os clássicos. Usando Homero como figura central de alguns contos, o escritor elaborou obras que importam aos próprios estudos da história antiga para pensar as transformações que a antiguidade passa até nossos dias, para isso, utilizou-se das temáticas da memória e das subjetividades. 

Link da apresentação: 

https://www.canva.com/design/DAFJsvkxZto/IZH2nnbJ3SdJFcjydO6Mlw/view?utm_content=DAFJsvkxZto&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=publishsharelink

Link da página do Simpósio Temático:

https://www.encontro2022.sc.anpuh.org/atividade/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNjoiYToxOntzOjEyOiJJRF9BVElWSURBREUiO3M6MzoiMTczIjt9IjtzOjE6ImgiO3M6MzI6ImRlZDVhMzllNjNkZGM1NDAxYjk3OWMzNDFiYTI4NTA5Ijt9&ID_ATIVIDADE=173

  • Heloisa Motelewski
  • Guilherme Bohn dos Santos

Antiga e Conexões pelo Mundo: Apresentações Internacionais

Imagem de divulgação. Instagram: @antigaeconexoes.

Olá pessoal! Esperamos que estejam bem!

Estamos alegres em compartilhar com vocês as nossas experiências em eventos de abrangência nacional e internacional ao decorrer deste ano! Para isso, a nossa integrante Heloisa Motelewski e a professora orientadora do grupo Renata Senna Garraffoni farão, neste post, um breve relato sobre suas apresentações. Na próxima postagem, trazemos também breves resumos de comunicações e publicações veiculadas em meio nacional. Fiquem de olho! 

Esperamos que se interessem pelos temas e que nos acompanhem em eventos futuros!

I FÓRUM-ESTUDANTE DE ESTUDOS CLÁSSICOS E HUMANÍSTICOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA (junho de 2022)

Com o título “Ambiguidades femininas da antiguidade à contemporaneidade: um estudo sobre a representação da mulher greco-romana em Os Últimos Dias de Pompeia, de Arturo Ambrosio (1913)”, tive a alegria que compartilhar alguns dos resultados que obtive com as primeiras pesquisas feitas junto ao Programa de Iniciação Científica da UFPR em um evento promovido de maneira híbrida pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Escolhendo como recorte temático um dos problemas levantados ao decorrer dos meus estudos – a imagem feminina grega e romana -, decidi por me concentrar na construção da personagem Nídia para indicar algumas das minhas considerações. 

Nesse sentido, procurei demonstrar como uma narrativa romântica sobre a escravizada acaba por tecer um discurso de atuação para as mulheres da época do filme. Nele, o sacrifício final, envolto por virtudes gregas da personagem, contrasta com seus sentimentos fortes e de raiva, presentes em grande parte da narrativa por seus ciúmes de Glauco e Ione. 

Para isso, fiz uma análise acerca da construção dos elementos visuais da película, recuperando fontes arqueológicas da cidade de Pompeia e pinturas pompeianistas do século XIX. Ademais, a própria narrativa de Bulwer-Lytton (1834) me auxiliou a entender melhor as questões que se ligavam à Nídia. 

Deixo aqui os slides que usei na apresentação, bem como o link de acesso à página do evento. Espero que gostem do material e que as questões levantadas encontrem pertinência entre os estudos de recepção e suas reflexões sobre o mundo antigo!

Link para a página do evento: https://forumestudante2022.wixsite.com/i-feech2022

COLÓQUIO INTERNACIONAL – POMPEYA Y HERCULANO ENTRE DOS MUNDOS. LA RECEPCIÓN DE UN MITO EN ESPAÑA Y AMÉRICA (junho de 2022, no Museu Arqueológico Nacional de Madri).

O Colóquio marcou o encerramento das atividades de pesquisa realizadas entre os anos de 2020 e 2021 no âmbito do projeto Recepción e influjo de Pompeya y Herculano en España e Iberoamérica (PGC2018-093509-B-I00 financiado por: FEDER / MICIN– AEI), coordenado pela professora Mirella Romero Recio, da Universidade Carlos III em Madri. Entre os dias 08 e 10 de junho de 2022, os e as pesquisadores/as membros do projeto se reuniram no Museu Arqueológico Nacional de Madri para apresentar os resultados das pesquisas feitas em seus países de origem e no dia 11 fomos a Colmena de Oreja, cidade natal de Ulpiano Checa, para conhecer sua obra Os últimos dias de Pompeia. 
Como todo o projeto se desenvolveu remotamente dada a pandemia de coronavírus, o evento foi uma oportunidade de reencontro e momento de compartilhar as múltiplas experiências de recepção de Pompeia tanto na Espanha como em diferentes países da América Latina. Na ocasião, apresentei o texto “Pompeya y el Vesubio en la prensa de la Belle Époque de Rio de Janeiro”, ele será publicado na coleção da L’Erma, junto com os demais trabalhos apresentados, e todas as apresentações podem ser acessadas no canal Youtube do Museu Arqueológico de Madri. Deixo aqui o link de minha exposição, a partir dele, poderão acessar as demais falas:

O projeto RIPOMPHEI se encerrou em setembro de 2022, todos os dados podem ser acessados no site: https://humanidadesdigitales.uc3m.es/s/ripomphei/page/inicio_rimpophei;

no Instagram: @ripomphei

no Twitter:https://twitter.com/ripomphei?lang=es

A novidade é que o governo espanhol aprovou sua continuidade a partir de outubro de 2022, por mais dois anos. A diferença agora é que a equipe está maior, coordenada pela professora Mirella Romero Recio (Universidade Carlos III de Madri) e Jesús Sallas (Universidade Complutense de Madri), englobando a presença grega, passando a se chamar ANTIMO. Como é recente, de momento, já tem o Instagram – @proyectoantimo – e Twitter – proyectoantimo -. Sigam pelas redes as novidades, logo haverá, também, o site. 

  • Heloisa Motelewski
  • Profa. Dra. Renata Senna Garraffoni

Percurso Antiga e Conexões: uma análise das experiências modernas na cidade.

Olá pessoal, nesta publicação iremos apresentar um pouco sobre o percurso que realizamos no mês anterior. O texto a seguir é o resumo da apresentação que fizemos no evento Devorar Modernismos, da Universidade Federal do Paraná, no dia 08/11/2022.

Em 2022 surgiu a ideia de organizar um percurso sobre arquitetura neoclássica no centro de Curitiba, a partir de trabalhos já desenvolvidos pelo grupo sobre a presença dos antigos gregos e romanos na literatura paranaense dos séculos XIX e XX, tanto entre os simbolistas como também nas reflexões de Paulo Leminski no contexto dos anos 1970 e 1980. Notando que a presença da Antiguidade não se restringe à literatura, pensamos em conectá-la com o cenário urbano, tendo em vista a atuação desses poetas na cidade. Buscando cruzar as referências patrimoniais neoclássicas com as literárias, o roteiro Percurso Antiga e Conexões explora sentimentos que perpassam os espaços urbanos entre as diversas temporalidades.

Assim, o objetivo da presente comunicação é relatar a experiência da organização do roteiro e analisar sua repercussão. O roteiro, inspirado do caminho Afro-Curitiba, coordenado pela professora Joseli Mendonça (Dehis/UFPR), tem como público alvo estudantes do ensino fundamental, médio e de graduação e é composto de quatro paradas ao longo da caminhada à pé pelo centro: o Passeio Público, a Universidade Federal do Paraná (Prédio Histórico), o Paço da Liberdade, e o Largo da Ordem. A escolha se deu por serem espaços que condensam a presença da Antiguidade Clássica e, também, por se localizarem próximos uns dos outros, facilitando a logística do passeio.  O objetivo central da visita a esses lugares e da experiência de caminhar pelas ruas da cidade é contrapor as temporalidades e disparidades dentro do espaço urbano, ou seja, como experienciamos a cidade atualmente e como os simbolistas experienciaram-na durante o século passado, traçando o perfil de uma outra Modernidade, assim como de outras facetas de Curitiba. 

O fio condutor, portanto, é a literatura e cada um dos pontos selecionados cruzam o presente dos poetas e o passado greco-romano. Partindo do Passeio Público, dado sua importância para o Simbolismo, finalizamos no Largo da Ordem, para comentar as traduções e poesia contracultural de Leminski. O simbolismo, vanguarda menos conhecida, permite perceber uma outra Modernidade. Afinal, poetas locais produziam concomitantemente aos modernistas da semana de 1922, embora estivessem fora do movimento antropofágico, trouxeram elementos novos para o pensamento das identidades locais, como é o caso de Dario Vellozo e Emiliano Perneta no Paraná. Com ideias ideais republicanos, anticlericais e abolicionistas, o Simbolismo teve início em Curitiba no final do século XIX e continuou forte até meados de 1930. Como são poucos os estudos que fluem nessa direção, o roteiro visa colaborar para pensar o modernismo no Brasil em espaços fora do Rio de Janeiro e de São Paulo e, para tanto, trazemos a importância do flâneur à cena, como elemento que observa não só a cidade através do caminhar, como também as sensações que a cidade nos causa, os afetos e desafetos. Assim, buscamos entender a composição da malha urbana, entre locais de memória tidos como patrimônios, até os olhares para os elementos subalternos que rodeiam esses espaços. Nesse ponto a retomada de Leminski é fundamental, pois o poeta vivenciou o cenário urbano e, em sua obra poética, a cidade se faz presente com toda a visceralidade e marginalidade, assim como toda a beleza e toda a  história que a compõe.

A chave que une esses elementos é, desse modo, a retomada dos gregos e romanos, vistas na literatura simbolista, nas poesias contraculturais de Leminski e na arquitetura eclética dos espaços que circundam o setor histórico de Curitiba, que carregam fortes elementos neoclássicos. Entendemos que olhar para a presença dos gregos e romanos na poesia e arquitetura é perceber as diferentes facetas do modernismo e da modernidade em espaços outros, privilegiando os debates que percorrem os espaços urbanos. A partir do encontro entre temporalidades é possível discutir como os discursos hegemônicos se presentificam nos espaços e como rompê-los.

BIBLIOGRAFIA:

BEGA, M. T. S. Letras e política no Paraná – simbolistas e anticlericais na República Velha. Curitiba: Editora da UFPR, 2013.

GARRAFFONI, R. S. Recepção greco-romana em Curitiba: Literatura, Patrimônio e novas abordagens do centro histórico. Revista Memória em Rede, v. 12, n. 23, p. 222-244, 2020.

  • Autora:Renata Cristina S. de Oliveira
  • Coautora: Heloisa Motelewski